- Jules K.Florian
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07 de junho — matalobos
Se você tá lendo essa newsletter isso significa que Matalobos, meu novo livrinho de fantasia urbana sobrenatural, já tá disponível pra leitura na Amazon (e gratuito pra assinantes Kindle Unlimited). Você encontra o livro aqui.
E se você for um leitor que prefere ter o livrinho nas suas mãos, o físico de Matalobos tá disponível aqui, numa edição perfeitinha com algumas ilustrações exclusivas!
Merchan feito, tá na hora de falarmos um pouquinho desse livro que existiu em meio aos meus surtos acadêmicos e se tornou quase um refúgio pra essa escritora que vos fala (escreve?).
Era junho de 2023, exatamente um ano atrás, quando eu peguei Rádio Diablo pra reescrever todinho. Mas tava me faltando uma pontinha de criatividade pro horror que esse livro pede, já que eu tinha recém saído de OQENS, onde o terror é muito mais melancólico.
Tem uma trilogia de filmes de horror adolescente que eu amo: Ginger Snaps, ou Possuída como o filme ficou conhecido aqui no Brasil. O filme acompanha a Ginger sendo ataca por um lobisomem e tentando, com a ajuda da irmã Brigitte, não se transformar em um. O filme é bem o suco do horror dos anos 90 e também super divertido, mas enquanto eu assistia eu percebi uma coisa: tinha tudo pra ser sáfico.
Então com essa nova ideia em mãos, eu peguei o meu velho trope de Romeu e Julieta e inspirações em cenas do filme e fiz exatamente o que uma escritora faz: criei a minha própria história.
Em Matalobos, que se passa em 1999 no Paraná, temos os lobisomens mas um adicional terrível (e que eu adorei fazer): os caçadores. E tem coisa melhor do que uma caçadora se apaixonando por uma garota que vai se transformar em um lobisomem?
Enquanto eu saboreava e cozinhava lentamente essa ideia, eu comecei a trabalhar naquele nosso tão temido e conhecido TCC, e aí escrever esse livro se tornou ainda mais importante pra não enlouquecer completamente com os textos acadêmicos.
Então escrever Matalobos foi um suspiro de alívio, uma paz pequeninha que eu podia aproveitar quando terminava alguma nova parte do meu artigo. Mas eu também tava muito estressada e perdida, e sinto que isso afetou a forma como eu podia trabalhar nesse livro, já que a ideia era ser um livro mais curto que eu escreveria rápido e lançaria mais rápido ainda.
Mas como eu falei na última newsletter, acho que não é assim que eu funciono.
Quando eu terminei de escrever Matalobos em novembro de 2023, eu não tinha gostado de algumas coisinhas que tinha escrito. Então o livro foi pros leitores beta, e eu consegui aprimorar vários pontos importantes no livro, mas a insatisfação ainda persistia. Era sobre uma personagem, alguma cena, frases que não refletiam tudo que eu queria passar. Então eu fiz o que não queria, mas precisava: adiei o livro, abri o arquivo, apaguei as cenas e comecei de novo.
E eu prometo que isso valeu a pena.
Como vocês sabem, meus livros acabam trazendo sempre um tema recorrente e que eu juro que não é proposital, mas funciona: o luto. Ele também tá em Os Que Esperam Nas Sombras, onde o luto é quase um personagem na trama, mas aqui ele age de uma forma diferente. Não um personagem, mas um empecilho, um muro quase difícil demais entre as personagens principais.
E a dinâmica entre a Rina e a Liana, então! Fiz essa piada esses dias, mas vou repetir: Idiota está para Samanta e Thalia como Lábia está para Rina e Liana. E é uma graça ver uma caindo na lábia da outra, em provocações quase (e eu digo quase) sem intenção, pra um reconhecimento tipo cósmico entre elas. Estrela e lua, se vocês acharem que funciona.
Agora a Rina e a Liana não são só minhas, nem Matalobos é só meu. Essa história também é de vocês, e tá aí, no mundo, pra ser amado e odiado na mesma medida.
Fico feliz de poder dizer que ainda vamos nos encontrar em muitas mais histórias — muito em breve.
Nesse ponto de newsletters postadas e pensamentos compartilhados, acho que já é óbvio o quanto gosto de compartilhar mais sobre a minha escrita com vocês! Espero que vocês amem esse livro e as minhas meninas tanto quanto eu.
Matalobos tá disponível como ebook na Amazon — e gratuito no Kindle Unlimited — e em livro físico na Uiclap!
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